6 Passos Para Organizar Suas Finanças Pessoais

Organizar a vida financeira é como arrumar uma mochila para uma longa viagem: se jogar tudo de qualquer jeito, vai faltar espaço, você esquece o que é importante e pode ficar na mão bem na hora do aperto. Mas se organizar com calma, cada coisa no seu lugar, você caminha com tranquilidade e segurança — principalmente se você é freelancer, diarista ou autônomo, e não tem um salário fixo todo mês.

Sabia que 70% dos brasileiros não controlam o que ganham e gastam? Não é só você! Mas mudar isso é possível, começando por passos simples.

Passo 1 – Entenda quanto você realmente ganha

Você já parou para anotar, de verdade, tudo que entrou no seu bolso no último mês? Para quem trabalha por conta própria, é comum receber em datas diferentes, valores variados, e às vezes até misturar o dinheiro do trabalho com o pessoal.

Dica prática:
Pegue um caderno, um bloco de notas no celular ou um aplicativo simples (como o Mobills ou Minhas Economias) e registre cada pagamento recebido, por menor que seja.
Exemplo:

  • Segunda-feira: faxina – R$ 100
  • Quarta-feira: diária – R$ 150
  • Sexta-feira: bico de pintura – R$ 120
    No fim da semana: R$ 370.
    Faça isso todo mês para saber o seu rendimento real.

Passo 2 – Anote todos os seus gastos

O cafezinho, a marmita, o “só hoje” no aplicativo, tudo isso pesa no fim do mês. O segredo é anotar tudo, sem vergonha e sem medo — anotar não é exagero, é autocuidado.

Como fazer:
Crie categorias, tipo:

  • Alimentação (mercado, padaria, marmita)
  • Transporte (ônibus, gasolina, Uber)
  • Lazer (cinema, aplicativos, jogos)
  • Contas fixas (luz, internet, aluguel)

Ferramentas que ajudam:

  • Aplicativos: Mobills, Minhas Economias, GuiaBolso
  • Planilha simples (baixe nossa sugestão aqui!)

Passo 3 – Separe o que é fixo do que é variável

Pense em seus gastos como dois tipos de chuva:

  • Chuva certa: contas fixas (aluguel, luz, internet, celular)
  • Chuva que pode vir ou não: gastos variáveis (lanches, presentes, passeios, delivery)

Entender isso é fundamental para não ser pego de surpresa e garantir que, pelo menos, as contas essenciais estejam sempre em dia.

Passo 4 – Monte um orçamento simples

Agora que você já sabe quanto ganha e gasta, crie seu “mapa do dinheiro”. Um modelo fácil é a Regra 50-30-20:

  • 50% – despesas essenciais (moradia, comida, transporte)
  • 30% – despesas variáveis (lazer, compras, extras)
  • 20% – para guardar ou investir

Não conseguiu separar 20%? Sem problema! Adapte para o seu momento. O importante é saber pra onde seu dinheiro está indo.

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Passo 5 – Crie uma reserva de segurança

Guardar dinheiro pode parecer impossível, mas cada moeda faz diferença.
Pense assim: Ter uma reserva é como andar de cinto de segurança — você espera não precisar, mas, se precisar, faz toda a diferença.

Comece com pouco: R$ 2, R$ 5, R$ 10 por semana. O valor é menos importante do que criar o hábito. Guarde em uma conta separada, de preferência fora do seu alcance fácil, só para emergências.

Aprenda como começar a guardar dinheiro

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Passo 6 – Revise suas finanças toda semana

A vida muda, sua renda muda, seus gastos mudam. Por isso, crie o hábito de olhar suas anotações uma vez por semana. Reserve 10 minutinhos: veja o que gastou, o que sobrou, o que precisa ajustar. É como limpar a casa: se deixar acumular, vira bagunça!

Erros comuns (Cuidado!):

  • Misturar dinheiro pessoal com o do trabalho
  • Esquecer de anotar pequenos gastos
  • Não separar um valor, mesmo pequeno, para emergências
  • Deixar de revisar e ajustar o orçamento

Perguntas Frequentes:

  • E se minha renda muda muito?
    Anote tudo que entra, faça uma média dos últimos meses, e sempre planeje pelo valor mais baixo para não se apertar.
  • Não tenho banco, como guardar dinheiro?
    Use uma conta digital gratuita (como Nubank, Caixa Tem) ou até um cofrinho — mas evite deixar em casa por segurança.

Desafio: Anote tudo por 7 dias!

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Eduardo Sampaio especialista

Eduardo Sampaio aprendeu cedo a importância de organizar o dinheiro. Depois de passar por dificuldades financeiras na juventude, decidiu estudar educação financeira de forma prática e acessível. Ao longo dos anos, ajudou amigos e familiares a sair das dívidas e a encontrar um caminho mais equilibrado nas finanças. Apaixonado por transformar temas complicados em explicações simples, escreve no blog Meu Dinheiro Certo para mostrar que qualquer pessoa pode ter mais controle sobre o próprio bolso. Sua missão é aproximar a educação financeira da vida real, sempre com exemplos claros, dicas práticas e uma linguagem que qualquer pessoa entende.